segunda-feira, 13 de julho de 2009

Locução

A voz é muito mais do que palavras, muitas vezes o significado do que queremos
dizer está na maneira como dizemos isso. Algumas questões são importantes para
compreender como isso tudo funciona. Na seqüência, veremos alguns elementos determinantes na locução e de que modo podemos melhor aproveitá-los.

8.1 Entonação

O jeito que você fala também é importante. O sentido da frase vai depender de
como cada um expressa a informação: perguntando, exclamando, rindo, chorando,
xingando. O ritmo que o comunicador usa também colabora para manter o
ouvinte “ligado”. Se for monótono, lento, cansa o ouvinte e ele muda de estação. Se
for rápido demais, ele não entende nada e também se aborrece. O melhor é combinar
ritmos rápidos e lentos.
É claro que cada tipo de programa e cada locutor tem o seu próprio estilo. É
preciso cuidar pra que o público entenda o sentido do que foi dito e não pense que
alguém está lendo tudo “na latinha”.

Exercício 6

Ler a frase abaixo de várias formas: (1) interrogativa, (2) enunciativa, (3) exclamativa,(4) chorando, (5) rindo, (6) como num informativo.
TOMA ESTA FACA QUE DA ROÇA ELA VEM. ELA TEM PONTA? PONTA ELA TEM!

8.2 Ritmo

É a repetição mais ou menos cíclica das coisas (pode ser sons, gestos, rítmo de
vida, cardíaco etc). Na rádio, o ritmo tem um papel muito importante. É com ele
que vamos atrair a atenção do ouvinte ou perdê-la. Se combinamos ritmos rápidos e
lentos, se fizermos uma mistura ágil, o ouvinte vai estar atento. Mas se fazemos um
ritmo monótono podemos afastar o ouvinte.

Exercício 7

Ler uma notícia e comentar como foi a leitura. Utilize vários textos com sentidos
diferentes. Faça a interpretação de uma notícia de jornal.

8.3 Atitude e improvisos

A atitude depende do tipo de programa. Mas é importante manter a credibilidade e o
respeito pela audiência, e para isso é necessário controlar o meio em que estamos
trabalhando, evitar erros e saber exatamente sobre o que estamos falando. E para manter o respeito é necessário que se saiba a quem estamos nos dirigindo. Não é a mesma coisa fazer um programa de música para adolescentes e falar sobre música clássica. Além disso, o bom locutor conhece e respeita sua audiência. Fala a mesma língua de quem está escutando seu programa e procura manter isso. O melhor improviso é aquele que está previamente preparado. É importante saber o que vamos falar, conhecer o tema, preparar um esquema dos pontos que queremos abordar, ter segurança ao falar, ter um vocabulário rico e não ter vergonha. A tranqüilidade se adquire com a experiência. Até que não se tenha a experiência, deve-se escrever tudo o que é importante para falar ao vivo e de improviso.

Exercício 8

Repita o exercício anterior, fazendo uma parceria com algum colega. Durante a locução,procure acrescentar algum improviso.

8.4 Vocalização e dicção

A locução radiofônica tem que ser feita de forma natural, como se falássemos.
Deve-se evitar fazer apenas a leitura dos textos. Então, para uma boa locução é
preciso estar atento à vocalização e dicção, que é a articulação clara das palavras e
dos sons para que todos entendam o que está sendo transmitido. É a pronúncia de
todas as sílabas, de preferência dando a cada letra o seu som exato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário