segunda-feira, 13 de julho de 2009

Montando uma Rádio

• Mesa de som: também conhecido como “mixer”, permite controlar, separar
ou misturar todos os sons gerados pelos aparelhos citados anteriormente. É a
mesa que possibilita aquela musica baixinha de fundo (a chamada “cortina”)
enquanto o locutor fala;
• Equalizador: é um aparelho opcional, cuja maior função é ajustar a qualidade
do som;
Gerador de estéreo: neste aparelho o som adquire característica de estéreo, o
que permite os sons em dois canais para dois ou mais alto-falantes, transmitindo
aquela sensação de distribuição espacial;
• Transmissor: transforma e transmite para a antena as ondas de rádio FM numa
freqüência determinada – é onde se define o “canal” da rádio;
• Antena: transmite as ondas que serão captadas pelos rádios FM da região
quando sintonizados na freqüência estabelecida no transmissor. A antena deve
ficar o mais próxima possível do transmissor, para não haver perda de ganho
do sinal. Para uma montagem segura, sugere-se um alicerce de no mínimo 1/4
Rafael Costa
de profundidade em relação ao tamanho da torre e pelo menos três estirantes
de sustentação a cada seis metros de altura, formando um ângulo de no mínimo
30º em relação ao eixo da torre. Se possível, instale um para-raios a dois
metros acima da antena e um metro longe do seu eixo – lembrando que este
item é muito importante para a segurança (um raio na antena pode ser fatal
não apenas para o equipamento, como também para quem estiver na rádio,
especialmente quem estiver no estúdio operando com o equipamento).
Com 4 a 5 mil reais já é possível montar uma boa rádio – um kit completo para
transmissão, com transmissor de 25W, gerador de estéreo, cabos e antena sai por
uns 2 mil reais. Uma mesa de som, 600 reais. Uma chave híbrida sai por uns 150
reais. Aí tem os microfones (pelo menos dois), um computador ou aparelho de CD
ou toca-discos, ou todos eles, de acordo com a possibilidade de investimento. Uma
comunidade com poucos recursos pode montar uma rádio também, desde que haja
boa vontade e participação popular. Pode-se organizar algum evento para angariar
fundos, ou ainda uma rifa beneficiária. Houve casos em que moradores da comunidade
doavam os aparelhos: um doou o microfone, outro o transmissor, um outro cedeu
um aparelho de som, e a rádio entrou no ar . Se houver recursos suficientes, pode-se
ainda colocar uma conexão com a Internet, que dá acesso a muito conteúdo gratuito,
um outro computador, que pode ser utilizado para gravação, ou ainda um transmissor
intermediário conhecido como enlace (“link”), possibilitando transmissões a alguns
quilômetros de distância do estúdio. Com este tipo de recurso, podem-se fazer transmissões,por exemplo, diretamente dos jogos e eventos da comunidade, como os
campeonatos de futebol de várzea ou festas da comunidade .


4 RÁDIO LIVRE E OUTRAS IDÉIAS

A idéia de emissoras alternativas e autônomas, desvinculadas dos padrões
institucionais impostos pelo controle estatal, não é recente. Embora o
termo rádio livre esteja mais associado às emissoras que surgem nos
anos de 1970, o fenômeno existe desde o início da radiodifusão. Mas foi na
década de 1970, associado a movimentos liber tários europeus, em especial na
Itália e na França, que ganhou impulso político, proliferando-se em emissoras
locais de pouco alcance. Acredita-se que a primeira rádio de caráter livre tenha
sido uma emissora sindical que surgiu na Áustria em 1925. No Brasil, por
exemplo, a rádio DKI – A Voz do Juqueri, atual Rádio Cultura de São Paulo, foi
Para saber mais, ver o livro Trilha apaixonada e bem-humorada do que é e de como fazer rádios comunitárias na intenção de mudar o mundo, de Dioclécio Luz.
Para saber mais, ver: cartilha Rádio comunitária: como produzir conteúdo para agricultura familiar,da ABRAÇO-RS, ou as cartilhas da Rede Viva Favela, disponíveis em http://www.redevivafavela.com.br/.

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