segunda-feira, 13 de julho de 2009

Planejamento e Produção

CONCEITOS SIMPLES: sempre se deve ter em mente que os ouvintes formam
um grupo diferente entre si. Por isso, os conceitos emitidos devem
ser simplificados ao máximo, com a intenção de serem compreendidos
por todos.

CORREÇÃO: toda a informação deve ser correta e, além disso, seu conteúdo
deve aproximar-se ao máximo dos fatos, através de uma investigação o mais
completa possível.

RELEVÂNCIA: uma informação é relevante quando o ouvinte, ao escutar o programa,
se sente parte integrante desse programa. É muito importante, portanto,
chamar a atenção para coisas que sejam relevantes a ele. Para que isso aconteça,
precisamos conhecer a audiência, quem está nos escutando. Devemos
conhecer estas pessoas, saber qual é o seu perfil. Quando se faz um programa,
precisamos sempre nos colocar no lugar do ouvinte, imaginar o que ele já sabe,
o que ele gostaria de falar e não pode, que pergunta ele gostaria de fazer, mas
nunca se sentiu encorajado a fazer. A rádio comunitária parte do senso comum
e politiza o cotidiano com os temas urgentes de uma coletividade.

LINGUAGEM: tem que ser rica e nativa. As concordâncias verbais são importantes,
mas não são fundamentais. A essência do rádio na comunidade é a franqueza
e a espontaneidade, falando ao microfone como conversamos com um vizinho.
 Deve-se cuidar para não usar expressões que sirvam de muletas, como
“né”, “assim, ó”, “pois é”, “hum”, ”sim”, etc.;
 Não usar expressões vazias e adjetivos em abundância. Procure usar substantivos
comuns de fácil entendimento e, se tiver que optar entre um substantivo
positivo e outro negativo, prefira sempre o positivo. Tenha cuidado
com os pronomes, pois eles podem causar confusões;
 É importante que o texto seja limpo e de fácil visualização. O indicado é
escrever em espaço duplo, em linhas curtas de 60 toques, sem separar as
palavras no final da linha e só escrever numa face do papel. As palavras
mais difíceis devem ser escritas com destaque - em maiúsculas, separadas
em sílabas ou sublinhadas, conforme veremos mais adiante;
 As frases devem ser escritas para serem faladas e não para serem lidas. Os
sinais de pontuação usados são ponto, para pausas longas, e vírgula, para
pausas curtas. Também pode-se usar a barra, ( “/” ) como alternativa para
pausas longas entre uma frase e outra;
 Ao usar siglas, explicar no mínimo uma vez o que ela significa;
 Não usar abreviaturas quando se escreve. Todas as palavras devem ser
bem pronunciadas;
 Os números devem ser escritos por extenso. Ao expor um número ou proporção,
é fundamental que seja dado um exemplo compreensível para uma
pessoa simples;
 É melhor que os verbos sejam usados no presente e no futuro ao invés
do passado;
 O rádio tem um potencial que não pode ser comparado aos demais veículos,
como o jornal, a tv e o cinema. Mas, para que isso se torne concreto,
é preciso utilizar ao máximo os recursos que ele oferece, como a música, a
palavra, a voz, os ruídos, os silêncios, etc.

7.8 Grade de Programação

Quanto mais tempo a rádio da comunidade conseguir ficar no ar, melhor. Mas, para
isso acontecer, além de estimular a participação, é preciso planificar os programas
a partir dos horários especificados, dividindo o espaço para os participantes. Assim,
é necessário a construção de uma grade de programação. Algumas rádios comunitárias
conseguem se manter no ar por bastante tempo. Mas, mesmo que sua rádio
não fique tanto tempo no ar, é muito importante organizar os horários com as pessoas
que fazem os programas. Esta grade deve ser fixada nos estúdios da rádio para que
todos possam ver e acompanhar os horários. A grade também deve ser colocada na
página de Internet da rádio, caso exista. Pode ainda ser divulgada na comunidade em
cartazes fixados em escolas e estabelecimentos ou em panfletos. Distribuir a grade é
uma boa propaganda para divulgar a emissora e atrair ouvintes e participantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário