segunda-feira, 13 de julho de 2009

Planejamento e Produção

Assim, enquanto estiver fazendo e veiculando o programa, o comunicador ou
seus ajudantes podem receber dicas e avisos, informações que podem ser repassadas
à comunidade. Também é possível levantar questionamentos e obter respostas que
demonstram o que os ouvintes pensam. Desta forma, o programa fica ainda mais interessante para quem está escutando e as pessoas se sentem mais próximas à rádio;

RECURSOS PARA ENTREVISTAS: nem sempre os entrevistados podem comparecer à emissora na hora do programa. Isso pode ser resolvido através de outros recursos. A entrevista pode acontecer pelo celular, que é configurado na opção viva-voz e assim todos escutam o que está sendo dito. Também pode ser concedida pelo Skype, um programa de computador que permite comunicação
de voz instantânea (e também de vídeo) gratuita e pela Internet.
ATENÇÃO! É preciso ter cuidado com o ruído, que são os sons indesejados que
podem ser escutados por quem acompanha a programação da rádio. Os ruídos dificultam
a transmissão e a recepção das mensagens. Alguns exemplos de ruído são
o barulho das folhas de papel sendo mexidas, o pigarro ou espirros do apresentador,
risadas e cochichos, além de interferências na transmissão do som.

7.5 Formas de realização do programa
A execução do programa pode ser feita basicamente de 2 formas:
AO VIVO: exige planejamento, coordenação e entrosamento da equipe. Isto é muito
importante, porque a chance de ocorrer erros é maior. Tem como vantagem a
instantaneidade, a participação no ar do ouvinte e a comunicação espontânea entre
os membros. O programa ao vivo pode usar arquivos gravados, como reportagens,
entrevistas, enquetes. Isto sem falar nas músicas e cortinas, essenciais em
qualquer programa de rádio. O programa ao vivo ocupa o estúdio de rádio e deixa
as portas abertas para a participação e visitas espontâneas e inesperadas.
PROGRAMA GRAVADO: pode ser feito como se fosse ao vivo ou seguir um roteiro
fechado. A vantagem é que se pode ouvir e analisar o que foi gravado, com a
possibilidade de corrigir os erros. A desvantagem é o tempo gasto na produção
e a ausência de interação com os ouvintes.

Exercício 3

Agora todos já escolheram alguma função e têm uma idéia de programa. Então:
a) Junte-se aos colegas que escolheram o mesmo tipo de programa que você;

b) Tente formar grupos de modo a compor uma equipe de rádio, a partir das
funções definidas: produção, locução, reportagem e operação. É importante
tentar compor grupos nos quais as funções fiquem bem divididas. Não adianta,
por exemplo, uma equipe com 3 operadores e um repórter. Seja flexível e
pense no coletivo. Caso haja necessidade, assuma mais de uma função;

c) Cada grupo deve debater de modo a construir um programa de rádio, realizando
o planejamento e a produção. Criem um novo título ou aproveitem a
idéia já criada por um dos membros da equipe. Definam opções de horários
de emissão e duração (mais de uma opção, para negociar na composição da
grade de programação), de acordo com a disponibilidade de cada um;

d) Incluam gêneros e outros recursos radiofônicos ao programa, definindo como
será todo o andamento dentro do tempo proposto. Definam a(s) forma(s) de
realização, tentando construir um roteiro completo do início ao fim;

e) Montem um esquema num papel, mas não se preocupem com a formalidade.
Façam do jeito que quiserem. Ao final, façam uma exposição para a turma,
debatendo cada programa apresentado.

7.6 Como captar as informações?

É importante lembrar que a informação é a essência da comunicação. Assim,
a informação divulgada deve ser cuidadosamente estudada e selecionada.
Deve atender e defender os interesses da maioria sem jamais abrir mão de critérios
morais básicos como justiça, igualdade, solidariedade e verdade. Sempre
de modo a colaborar no processo de esclarecimento, através da polêmica e da
reflexão crítica, na construção de um canal de manifestação do poder popular,
em especial no caso das rádios comunitárias. Conforme já visto, não deve, em
hipótese alguma, ceder em defesa ou promoção de interesses e benefício de grupos
ou indivíduos cujos objetivos estão acima ou divergem do interesse da coletividade
a quem a rádio comunitária deve representar. Por trás disto, está uma
característica fundamental do autêntico jornalismo combativo, que deve ser a
base da informação veiculada nestas emissoras: a CREDIBILIDADE. Se o ouvinte
não acreditar no que ouve ou suspeitar que está sendo enganado, provavelmente
vai trocar de estação. Talvez, em um cenário mais dramático, não volte mais a
ouvir o programa ou a rádio. Sempre se lembre disso ao veicular informações no
ar, pois o que está dito não tem volta. Depois de dito, só restará a retratação. E,
de qualquer modo, a credibilidade já poderá ter sido comprometida.

7.6.1 As fontes de informação

De uma forma simplista, pode-se dizer que fonte é tudo o que fornece informações
para a construção do programa. Mas nunca esqueça a CREDIBILIDADE no
momento de escolher as fontes. No caso de pessoas, procure sempre gravar os depoimentos

– assim não restará margem de dúvida sobre a autenticidade da fonte. Em

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